Popularização de tablets no Brasil enfrenta obstáculo de preço

30 oct 2018 dans Diversos

Enquanto multidões estão disputando o novo iPad 2 a tapas nos Estados Unidos, consumidores no resto do mundo ainda sonham com o primeiro iPad, que continua fora do alcance financeiro de muitos.

No Brasil, a primeira geração do iPad foi lançada em dezembro de 2010 e conta com o entusiasmo da Presidente Dilma Rousseff que deu sinais de que pretende popularizar o uso de tablets no país.

Mas mesmo em um país onde a classe média emergente está em ascensão, o preço do iPad, somado aos altos impostos, tornam o tablet um objeto de consumo para poucos.

De acordo com a loja da Apple o iPad mais barato, de 16 GB e sem 3G, custa R$1.399,00 ou US$839,41. Já nos Estados Unidos, o mesmo modelo sai por quase metade do preço: US$499.

A criadora do blog Mundo Techno em Fortaleza, Cynara Peixoto, calculou que, pelo preço do iPad no Brasil mais R$300 reais, daria para viajar a Miami, incluindo refeições e duas noites em hotel, e comprar o iPad diretamente na loja da Apple.

Não é de se surpreender, então, que brasileiros que viajam para os Estados Unidos não perdem a oportunidade de abastecerem a si mesmos, familiares e amigos com aparelhos eletrônicos, principalmente da Apple, que não tem fábrica no Brasil.

Mas na volta ao Brasil, os viajantes encontram outro obstáculo: a cota de até US$500 isentos de tributos, o que dá para comprar somente um modelo do iPad mais barato. Compras acima deste valor são sujeitas aos impostos de 50 por cento do valor excedido, ou seja se o total dos produtos custou US$1.000, a multa fica em US$250.

Para quem não viaja ao exterior, resta os sites de venda do tipo leilão como o Mercado Livre, onde sortudos podem encontrar o iPad por um preço um pouco mais acessível, mas ainda incomparável ao valor das lojas americanas.

Foto por PhotoStephanie. Cortesia do Creative Commons License.